10 de junho de 2011

Modo: Má Descontração


Sucedem-se os exames a um ritmo vertiginoso. Bem que podiam espaçar as datas de modo a permitir que absorvamos mais matéria e, já agora, que descansemos um pouco. O meu caso reveste-se de um carácter diferente, uma vez que, como já o disse anteriormente, não prescindo de forma alguma das minhas oito horas de sono, da minha alimentação equilibrada e da minha sanidade mental. Vejo por lá alguns que já estiveram bem mais longe de um internamento compulsivo...
Hoje, depois do exame, alguns colegas resolveram passar a tarde em Lisboa. O R. aceitou e eu, como não tinha nada para fazer e chega de estudo (!), decidi ir também. Devo dizer que o fiz mais para acompanhá-lo e controlar um pouco o que se passa à sua volta. É que ele anda muito solicitado...
Sabem o que é andar com um grupo, sem rumo, a gargalharem pela rua como doidos acabados de sair do hospício? Foi o que me aconteceu. Da minha turma só estava eu, o R. e mais duas colegas; os restantes elementos eram de outras turmas. Foi das piores tardes de toda a minha, isto não exagerando e sendo o mais sincero possível. Mas também quem me manda a mim ter este feitio? Se ficasse em casa, provavelmente  ficaria inquieto ao imaginar o que poderia ou não acontecer deixando-o assim, entregue àquelas piranhas ferozes desejosas de um bom homem. Sim, que ele não é nenhum príncipe encantado, mas eu considero-o giro e, ao falar com algumas raparigas de forma subtil, tenho recebido bastantes elogios à sua pessoa. Até mesmo considerações àquilo que poderão ser os seus dotes no que diz respeito às suas possíveis performances sexuais. É, umas devassas...
Claro que depois do que sucedeu no outro dia, e embora não tenhamos falado nada acerca disso, insinuo-me ainda um pouco mais. São quase gritos mudos que ecoam no oxigénio que consumimos só os dois. Caminho ao seu lado, dou-lhe mais atenção e pouco ou nada me importo que seja demasiado visível esta dedicação.
Enquanto lanchávamos e ele comia uma sandwich, ergueu os olhos e pousou-os em mim durante uns segundos. Sabem aquele olhar sorrateiro, discreto, mas profundo? Acho que me revelou bem mais do que todos estes meses de convivência mútua.
Voltei para casa no final da tarde e com as vozes daquela gente a ecoarem na minha cabeça. Odiei a tarde, no entanto, adorei saber que estamos numa boa sintonia, signifique isso o que significar.

9 comentários:

  1. Obrigado pela visita no niver do meu blog! sua presença me deixou MUITO FELIZ!

    bjoxxxxxxxxxxx no coração!

    ResponderEliminar
  2. ainda bem que voces se estão a entender xD fico feliz por ti
    Abc

    ResponderEliminar
  3. Dias perdidos a 'vadiar' sempre me deram grandes pesos de consciência. Mas um olhar desses, tipo 'papava-te com uma pinta...' é priceless. ;-)

    ResponderEliminar
  4. Coelhinho: Adorei a tua descrição do olhar. :D Pois, provavelmente foi com essa intenção, mas eu até entendi mais como: "olha, eu gosto de ti...". (:

    lots of love ^^

    ResponderEliminar
  5. Oi! Conheço bem essa ansiedade de, quando não se está com ele, começar a pensar "que estará ele a fazer?". Nem nos conseguimos concentrar em mais nada. Esses ciúmes são frequentes quando não se tem uma relação esclarecida. Depois é a obsessão de ir com ele para todo o lado, mesmo que às vezes nos seja claro que não é a melhor opção...

    Desejo que essa relação corra bem, Mark. Mas se não correr, parece-me que já tens uma arquitectura emocional boa para suportar isso...abraço ;)

    ResponderEliminar
  6. Olá joseph,

    É verdade. Revejo-me no primeiro parágrafo do teu comentário. (:

    Obrigado pelos teus votos! ^^

    Abraço. (:

    ResponderEliminar
  7. Finalmente, Mark, começas a "abrir o flanco"...
    Já não era sem tempo, caramba. Foi tão agradável para mim ler este teu post. Onde está o Ikki para concordar comigo?

    ResponderEliminar