27 de novembro de 2009

Mariah Carey - Christmas (Baby Please Come Home)



Adoro as músicas de Natal da Mariah. São todas fantásticas.
Até me apetece dizer: "Baby, please come homeeeeeeeeee!!!!"

26 de novembro de 2009

Teatro - As Obras Completas de William Shakespeare em 97 Minutos

Dia 1 vou ao teatro assistir à peça As Obras Completas de William Shakespeare em 97 Minutos. Vou num género de passeio de turma. Vão os meus colegas, professores, por aí... O ano passado assisti à mesma peça também pela escola, mas como é sempre um dia diferente e uma ida ao teatro, resolvi ir. De início convidei umas amigas, apesar de ir com colegas, mas elas não podem ir. Depois convidei o Diogo, mas ele disse que não lhe dá muito jeito. Mas eu queria fazer um programa com ele. Então, combinámos passar o dia de feriado juntos. Vamos ao Mac ou assim, e depois fazemos qualquer coisa. Também tenho de ver umas coisas para o Natal que se aproxima. Já deu para perceber que ele gosta de fazer as mesmas coisas que eu, apesar de não o conhecer há muito tempo. Ele tem carro (eu ainda não, mas tenho carta; só não me sinto muito seguro para conduzir) o que é óptimo porque eu queria comprar umas coisas não muito práticas para transportarmos nas mãos. É óptimo estar com quem partilha os mesmos gostos que nós, especialmente os meus que são tão raros. Eu, por vezes, sou tão difícil e esquisito de elitista e snob que chega a enervar. Lol Sempre tive o nariz muito empinado, o que não é sempre bom, mas que me dá um enorme gosto. Por isso, torna-se difícil lidar comigo. O Diogo percebe-me. Ele é assim meio beto, mas eu adoro o estilo dele. Tem o cabelo louro assim à emo, usa sempre blazer (aqueles bem modernos), jeans, t-shirts estampadas e ténis lindos. E tem o hábito de usar barba de dois dias. ^^ As idiotas das miúdas são uma loucura. No outro dia parámos numa esplanada de um café na Avenida do Brasil (Lisboa) e estavam a passar três ridículas miúdas, sendo que uma delas deu-lhe coro em plena rua pública. Que tristes papéis... Ri-me tanto, mas já não é a primeira vez que acontece. Ele, de facto, tem um ar assim incomum e eu creio que é isso que lhe dá um ar muito especial.
Imagino o sucesso que não faria no teatro, no dia 1... Mas, infelizmente, ele não pode ir.

23 de novembro de 2009

Crimes Passionais


Todas as semanas (se não todos os dias) surgem notícias alarmantes de mulheres assassinadas pelos seus namorados, companheiros e maridos. Em Portugal, os crimes de violência doméstica teimam em não descer e a verdade é que até têm tendência em subir. Apesar de evitar ao máximo ler esse tipo de notícias, já que me inquietam bastante, é inevitável que tenhamos conhecimento pela televisão, quer queiramos ou não. O último que tive conhecimento chocou-me bastante; a rapariga de nome Joana tinha 20 anos (praticamente da minha idade) e foi barbaramente assassinada pelo namorado, aquele que supostamente a deveria proteger e amparar. E como se não bastasse, depois de assassinada, foi-lhe colocado um saco de plástico na cabeça. Estes requintes de malvadez e premeditação tiraram-me o sono durante umas horas. O namorado tem 22 anos e foi capaz de cometer tão selvático e hediondo crime. Imagino o sofrimento que a mãe da Joana deve estar a sentir. Uma rapariga saudável, estudante universitária e com uma vida social activa e normal ser morta a sangue frio, sendo-lhe privado o direito de viver, de sonhar, enfim, de prosseguir o rumo normal da vida. Às vezes, penso, e se fosse com uma amiga minha, uma prima ou mesmo a minha irmã? Todas as mulheres podem ser potenciais alvos, e também cabe a nós, enquanto membros da sociedade, estarmos em alerta para situações de violência doméstica. Este tipo de crime foi tornado público, ou seja, qualquer um que tenha conhecimento pode e deve denunciar na autoridade competente mais próxima, pois logo todos os meios serão accionados. E também serve para os homens, que apesar de serem vítimas minoritárias neste tipo de crime, alguns são afectados. A APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) tem feito um trabalho excelente neste campo, e é uma instituição a quem devemos e podemos pedir auxílio. Mas existem mais...
Todos somos potenciais vítimas, onde incluo, como é evidente, os crimes de ódio. Os crimes racistas, homofóbicos, religiosos, de género e todos que se incluam neste tipo.
É altura de acabar com o silêncio! Temos direito à felicidade e ao respeito!

22 de novembro de 2009

Natal (I)

Quando chega a esta altura do ano eu começo a pensar seriamente nos preparativos para o Natal, e eu sou demasiadamente meticuloso com tudo o que diz respeito ao Natal. Primeiro, e mais importante, o que vou comprar. Na minha família, isto é, pai, mãe e eu, nunca tivemos o hábito de comprar para oferecer a nós próprios. Desde que era bem pequeno, os meus pais iam comigo às grandes superfícies comercias tipo Toys'R'Us para me comprarem tudo o que eu queria. Seguidamente iam às «lojas dos adultos» (era assim que pensava na época) e compravam o que queriam para eles. Alguns podem pensar que não é tão divertido e tradicional, mas sempre agimos assim e era desta forma que gostávamos de fazer. É evidente que comprávamos para oferecer, mas só para os restantes familiares. E a verdade é que os outros membros da minha família só me davam coisas que não gostava.
Depois do divórcio dos meus pais, em 2006, continuei a comprar o que queria e a fazer tudo o que fazia exceptuando um detalhe: o meu pai não estava lá.
Hoje em dia, e como ja não tenho idade para o Toy'R'Us, vou ao El Corte Inglés desde que abriu, em 2001. Adoro lá ir! Há tudo o que gosto e que me faz feliz. Compro, mando embrulhar nos fantásticos embrulhos que só eles sabem fazer e ofereço a mim próprio. É muito mais giro e excitante embora não pareça. Compro tudo à última hora, lá perto do dia 22, porque adoro a azáfama e a correria natalícia. Fico horas às compras, para desespero do meu pai que costuma ir comigo e detesta esperar. Depois, ao chegar a casa, coloco tudo aos pés da árvore de Natal e desembrulho à meia-noite do dia 25.
Este ano queria ir com o Diogo, sem o meu pai. O Diogo é um querido, super simpático e também um pouco elitista como eu. Conheci-o um dia à saída da escola, trocámos os números de telemóvel e a tradicional pergunta: "Tens Messenger?". Mas ele tem família no Norte e nem sei se estará em Lisboa por esses dias.
Este ano já estou a imaginar o que vou comprar. Tenho o hábito de fazer uma lista no computador, imprimo e vou comprar. Depois também tenho de tratar da decoração natalícia porque mudei de casa em Agosto para uma maior. Resultado: tenho de substituir a árvore e toda a decoração. Mas esses detalhes eu confio na Ana (a minha empregada). Ela compra o que peço e depois eu monto.
O Natal comigo pode ser exaustivo, mas é no mínimo inesquecível.

19 de novembro de 2009

Mundial de 2010

Não gosto de futebol e creio que já o disse algumas vezes, mas não consigo deixar de sentir alegria quando a selecção portuguesa consegue atingir alguns feitos notáveis. Talvez se deva ao facto da não participação de Portugal significar algo como uma pequena derrota pessoal. Não nos podemos esquecer que o ser humano, sociável que é, agrupa-se primeiramente em família e num patamar mais extenso numa Pátria em que passa a pertencer a um todo. E queiramos ou não, é impossível ser indiferente ao conceito de Nação e à pertença que ela exerce sobre nós, não apenas no que diz respeito ao futebol, mas também em tudo o que envolve um certo nacionalismo que, por vezes e em quantidades razoáveis, é benéfico. Todavia, é evidente que nas sociedades actuais o futebol ocupa um espaço essencial no que podemos chamar de patriotismo. É nos estádios de futebol que muitas vezes se assiste a manifestações de euforia e amor à Pátria. Se Karl Marx tivesse vivido nos séculos XX ou XXI talvez atribuísse ao futebol um lugar idêntico à Igreja quando a apelidou de «ópio do povo». É verdadeiramente um dos ópios que controla a Humanidade. Ópio político, económico e, à escala mais visível, social.
A mim pouca ou nenhuma importância tem; apenas gosto de ver este país nas competições internacionais, muito devido à sua história e ao esquecimento e desinteresse que existe dos estrangeiros por Portugal. É no mínimo estranho ver aquele que foi outrora uma das potências económicas mais importantes reduzido a país periférico da Europa. Ironias do destino e de péssimas administrações.
Agora que conseguiram o apuramento, que façam algo por este país no Campeonato da África do Sul, já que todas as esperanças e alegrias residem nesse bendito torneio...

17 de novembro de 2009

Prós e Contras - Referendo ao Casamento


Devo ter sido dos poucos portugueses que não assistiram ao debate na RTP relativamente ao (im)possível referendo aos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. E soube antecipadamente o tema do programa de ontem. É imperdoável... Bom, nesse sentido, estou convicto de que alguém terá o bom senso de colocar no Youtube pelo menos uns excertos do programa. Já percorri a blogosfera e tenho encontrado alguns resumos interessantes e minimamente elucidativos, mas eu sei que não há nada como ver e ouvir. Soube que esteve lá a Direita conservadora e antiquada e os tradicionais defensores dos direitos dos homossexuais. E também já soube que os defensores do referendo, melhor dizendo, os defensores do "Não" ao casamento entre pessoas do mesmo sexo estiveram particularmente mal. Como defender a intolerância e o preconceito? Cada vez é bem mais difícil. É que parecendo que não, as sociedades (até a portuguesa!) mudam e evoluem, apesar de todo o preconceito que ainda existe. Não é um trabalho rápido que demore um dia; é um processo lento e penoso. Foi assim com os movimentos sufragistas femininos no início do século XX, com a conquista da democracia na maior parte dos países europeus, com a descriminalização da prostituição (em Portugal só em 1982) e também com a legalização do aborto. Não é de esperar um processo diferente nesta matéria. O preconceito tem milénios e a tolerância apenas algumas décadas. Não são dois lados que lutam em pé de igualdade. O preconceito em geral e a moralização da sociedade ocidental nasceram com o Édito do Imperador Teodósio I que tornou o Cristianismo religião oficial do Império Romano, ou seja, desde os primórdios da Alta Idade Média até ao último quartel do século XX de forma persistente. Nos finais da década de 70 do século XX assistiu-se a outra abertura e a uma maior sensibilidade pelas questões sociais, passando pelos anos 80 e 90 que estabeleceram definitivamente um outro olhar pelo mundo, isto submetendo o Mundo a uma visão meramente europeísta e ocidental. É impossível fugir à tentação, mas são factos.
Isto só para dizer que não pude ver o Prós e Contras.

14 de novembro de 2009

Água na Lua

A Lua sempre me surgiu na mente como um acessório da Terra. Para ser bem mais correcto, um simples satélite artificial sem luz própria, seco, árido e sem vida. Servia apenas para tornar as nossas noites mais bonitas e místicas. Era um conceito global e até mesmo científico.
Mas o que parecia ser um mundo vazio e desinteressante é afinal um lugar onde existe água. E água poderá significar vida. Não existe só no planeta Terra mas também na sua companheira de sempre. Esta confirmação da agência espacial NASA vem alterar completamente o conceito de vida e de onde ela poderá estar. Talvez não seja preciso procurar muito; quem sabe se a nossa Lua, que de nossa não tem nada, terá vida? Não será uma vida muito visível, de outra forma já teria sido identificada, mas essa água encontrada poderá conter vida microorgânica e seres unicelulares complexos e diferentes. É talvez uma das etapas mais interessantes e entusiasmantes da Astronomia. Agora existe uma base, um suporte que sustém as esperanças de encontrar vida extraterrestre. Eu sempre acreditei que existe e é uma enorme presunção do Homem a ideia de que num Universo infinito, composto por milhões de galáxias, milhões de estrelas e planetas só exista vida no insignificante planeta Terra. E para que serve tudo o resto; para embelezar o Cosmos ou suscitar o interesse do Homem? É uma ideia absurda e irreal. No Universo deve proliferar vida e mais vida. A sua descoberta é uma questão de tempo...
Se nós não descobrirmos primeiro, essa vida virá ao nosso encontro, mais cedo ou mais tarde...

10 de novembro de 2009

Referendo ao Casamento Civil entre pessoas do mesmo sexo

Tenho lido e ouvido constantes notícias que dão conta do aparecimento de vozes activas a favor de uma consulta popular ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Entre essas vozes estão, como é evidente, uns bispos da Igreja Católica, socialistas cristãos e deputados da Direita conservadora. Todos sabemos que o referendo provavelmente irá chumbar a proposta e é aí que reside a esperança destas vozes contrárias. As tentativas de abortar (bem a propósito...) o reconhecimento efectivo do direito civil ao casamento continuam. O que é estranho é que são sempre as mesmas vozes. Pergunto-me, já que defendem as suas teses com tanta convicção, por que será que têm tanto medo que pessoas do mesmo sexo se possam casar? É o reconhecimento de um direito mais do que legítimo, que não irá influenciar a vida de ninguém, apenas a de aqueles que serão abrangidos por essa futura lei. A verdadeira inconstitucionalidade está aí, nessas tentativas de impedir que este país progrida, mesmo que no célebre artigo 13º da Constituição esteja expressamente proibido qualquer tipo de discriminação. A legalização dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo está incluída no programa do PS e espero que haja bom senso do Engº Sócrates relativamente a esta matéria, e a verdade é que algumas vozes do partido já vieram a público reafirmar a vontade dos Socialistas em fazerem passar esta proposta pela Assembleia da República. Se este for o cenário, provavelmente será aprovada pela maioria simples do PS mais os votos favoráveis do BE, do PEV e talvez do PCP. Pessoalmente, acho que está na hora de dar um importante passo na luta contra a homofobia e o caminho é o pleno reconhecimento do casamento civil independentemente do género e da orientação sexual dos cidadãos.

8 de novembro de 2009

Museu Nacional de Arte Antiga


Hoje fiz uma visita de estudo ao Museu Nacional da Arte Antiga onde tive a oportunidade de ver inúmeras peças de arte, apesar de não tantas como gostaria. Esta visita de estudo insere-se no âmbito da disciplina de História A, já que pude observar diversas peças que remontam desde o século XIII ao século XVIII. Nunca tinha estado neste magnífico museu, e de todas as visitas de estudo que já participei desde o 10º ano esta foi das que mais gostei. Vi imensas peças, desde uma cruz da época de D. Sancho I, passando pela magnífica custódia de 1506 mandada construir por D. Manuel I até aos Painéis de São Vicente (foto), a pintura mais estudada e analisada em Portugal, entre outras peças. O espólio do museu é incrível e, de facto, vale a pena ser visitado. O enriquecimento pessoal não tem preço e a aprendizagem histórica, cultural e artística que tirei contribuirão para a minha formação. Deviam existir mais contributos para a divulgação das Artes neste país. Um detalhe que reparei foi na ausência de famílias pelos corredores do museu. Apenas algumas crianças e uns adultos. Estava praticamente vazio. Neste país não existe o hábito de incutir a cultura e o saber nas crianças, pelo contrário, os incentivos ao futebol tanto pela televisão como ao vivo são mais que muitos. Este país é terrivelmente ignorante, perdoem-me a sinédoque. O Museu Nacional de Arte Antiga é uma pérola escondida pelas ruas íngremes e estreitas de Lisboa.

6 de novembro de 2009

Quarto de dormir

O nosso quarto de dormir é o nosso último refúgio; é o espaço que usamos quando necessitamos de paz e protecção. É algo muito íntimo, que faz parte do nosso lado mais pessoal. Lá, guardamos o que mais gostamos, as coisas que têm mais importância para nós. Não me refiro apenas às coisas materiais, como as lembranças familiares ou aquelas peças de que mais gostamos; mas também aos nossos sentimentos e às nossas boas recordações. E como espaço íntimo que é, decoramo-lo ao nosso gosto de forma a dar-lhe um toque pessoal para nos sentirmos bem lá dentro. Uns usam todo o tipo de artigos decorativos dando-lhe um ar bem piroso; outros preferem uma decoração simples e leve, no entanto, cada quarto que existe reflecte a pessoa que o utiliza. Por isso mesmo, não gostamos que o invadam sem o nosso consentimento. É como se tratasse de uma agressão pessoal, uma intromissão totalmente repreensível. O quarto de dormir assume durante a adolescência um carácter ainda mais pessoal, herdeiro talvez dos famosos castigos de infância. Pode ser individual, bem como repartido e até mesmo destrutivo, pois quantas pessoas o utilizam para tentar curar as suas depressões... É o nosso último reduto, o nosso último porto de abrigo. Pode ser pomposo e rico, como os quartos dos reis e imperadores, mas também modesto e pobre, como os quartos das pessoas mais desfavorecidas. E também há quem não o tenha porque vive na rua. Será que todos nós nos apercebemos da sua importância?
Por vezes é lá que tudo começa, mas também que tudo acaba...

3 de novembro de 2009

Dirty Diana



Uma das minhas músicas favoritas... Michael Jackson (1958 - 2009) .
Esta música faz parte do albúm Bad de 1987, numa época em que começaram a surgir os primeiros rumores sobre Michael devido às suas mudanças de aparência.

1 de novembro de 2009

1 de Novembro

Dia 1 de Novembro tem vários significados e o mais óbvio é, sem dúvida, o significado religioso. Associamos este dia ao tradicional dia dos Finados, embora o correcto seja a comemoração ao dia 2. Hoje o dia é o dia de Todos os Santos, o que liturgicamente corresponde à celebração em honra de todos os santos e mártires da Igreja Católica. No entanto, as pessoas escolhem este dia para visitarem as campas e ossários daqueles que já partiram.
Mas, em Portugal, este dia tem mais um significado; foi no dia 1 de Novembro de 1755 que se deu o Terramoto de Lisboa, acontecimento que destruiu uma parte significativa da cidade, antecedendo um poderoso maremoto que matou milhares de pessoas e fez desaparecer importantíssimos monumentos nacionais. A família real escapou ilesa porque nesse Domingo, D. José I (1714-1777) resolveu dar um passeio com toda a família por Belém. Se tivessem ficado no Paço naturalmente tinham perecido já que o Palácio Real, que se situava na actual Praça do Comércio, foi totalmente destruído, levando consigo numerosas obras de arte e documentos históricos de elevada importância. Só a determinação do futuro primeiro-ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, mais conhecido por Marquês de Pombal, salvou a capital do Reino da ruína total, muito com a ajuda das remessas de ouro do Brasil, diga-se... O Terramoto de Lisboa de 1755 teve um impacto muito forte na mentalidade da época e ajudou a desenvolver os estudos sísmicos que começaram a aparecer, de forma ainda débil, na sociedade de então. Filosoficamente, e devido ao contexto Iluminista em que se inseriu, o Terramoto também provocou reacções, por exemplo, em Voltaire que deixou alguns trabalhos sobre o sucedido. O impacto ajudou, nomeadamente ao Marquês de Pombal, a ascensão a Primeiro-Ministro. D. José terá ficado eternamente grato a Sebastião José pelo facto de ter reconstruído Lisboa num espaço tão curto de tempo. Só a sua fobia não teve cura, pois o Rei continuou a viver num Acampamento Real nos arredores da cidade. O povo, esse, continuou a passar fome e privações. Seguiu-se todo o esplendor absolutista defendido por Sebastião José: os julgamentos e execuções arbitrários (o caso da família Távora e do Padre Malagrida) e a perseguição religiosa (expulsão dos Jesuítas). Mas também se extinguiu a diferença social entre cristãos novos e velhos, criaram-se companhias comerciais essenciais para o país e aboliu-se a escravatura, embora apenas no Reino e não nas colónias, o que originou um Despotismo Esclarecido de base iluminista, embora autocrático. É uma época incoerente; progressista em alguns aspectos, conservadora noutros, o que não retira o encanto do magnífico século XVIII.