6 de setembro de 2009

Debates (Legislativas)

O panorama televisivo português tem sido preenchido pelos debates televisivos entre os líderes partidários que têm assento parlamentar. Bom, os debates não foram nada de especial até agora, exceptuando o debate Sócrates - Portas e o debate Louçã - Ferreira Leite.
A verdade é que tanto Paulo Portas como José Sócrates são homens inteligentíssimos e que sabem bem a estratégia a utilizar nestas eleições. Ganha quem for mais eloquente e convencer o povo. Ganha, como é evidente, o debate. Paulo Portas sabe que não poderá ser primeiro-ministro. O debate foi bastante equilibrado, um autêntico jogo de forças em que nenhum ganhou vantagem sobre o outro. Pessoalmente, simpatizo com José Sócrates, podendo mesmo afirmar que gosto dele. Parece-me coerente, frontal e determinado. Com Paulo Portas poderia simpatizar, não fossem as suas ideias demasiadamente à direita para mim.
Francisco Louçã é um homem que sabe cativar e é um excelente orador, no entanto, para mim, perde para José Sócrates. Gosto dele, mas prefiro o Sócrates. Soube debater com Ferreira Leite, que considero ser uma pessoa de ideias abomináveis, para não adjectivar de pior modo. Provoca-me naúseas quando a vejo, até ao ouvir a sua voz. Tenho ataques de pânico quando leio o que diz.
Jerónimo de Sousa é um homem que visivelmente perde perante todos, não tem a mesma atitude ao discursar e tem visíveis dificuldades de resposta. Não tem a formação académica de que dispõem os seus adversários políticos, mas talvez por isso mesmo saiba encantar as pessoas. A sua simplicidade é encantadora, até para mim, que abomino o comunismo. Considero-o mais forte do que o próprio PCP. É um líder a ser estimado pelos militantes comunistas.
No fundo, todos sabemos que o que está em questão é a manutenção do PS no poder ou a sua substituição pelo PSD. Nesse sentido, estou atento aos discursos dos líderes de ambos os partidos, mas considero essencial que haja um crescimento das restantes forças políticas, sobretudo BE, de forma a neutralizar os efeitos de uma dominação política bi-partidária.

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